Precisei desenhar essa linha do tempo para me enxergar melhor, tento assimilar todas as formas, processos e caminhos que meu trabalho toma. Comecei desenhando uma girafa e alguns outros animais, que desenvolvi numa oficina de arte na EAV do Parque Lage no Rio de Janeiro aos 14 anos. Com o final da minha adolescência e o início da minha vida adulta, desenhar e reconhecer o feminino foi um caminho natural. Que fui desenvolvendo durante anos...
Nesse processo reconheci o esmalte de unha como elemento central das minhas criações, como explorar meu feminino de outra forma, ressignificar seus códigos.
Em paralelo a isso, comecei a desenhar ilustrações mais concretas e coloridas para o universo infantil que surgia ao meu redor. Hoje vou costurando os caminhos que percorri e lapidando essa caminhada. Confiar no processo artístico é uma decisão diária.
Por aqui, sigo mais um dia me reconhecendo e tentando colocar no papel todas as ideias que passam na minha cabeça. E me perguntando se faz sentido para mais alguém ou só para mim mesma.
Escrever nunca foi meu forte… mas até que to gostando falar um pouco mais sobre o processo atrás da tela e seus dilemas e evoluções.
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